“Passar na porta de um museu e saber que entrar lá não tem nenhum significado, é muito frustador. Mas isto acabou. O que senti com esse projeto é muito realista e me fez dominar como é uma caixa”, reconhece Moisés.
“Havia tocado pinturas antes, contudo nada comparado com isso”, reconhece Toni. “É como uma escultura”, diz Cati. “A primeira coisa que senti, foi entusiasmo”, diz Maria José. “Eu ‘visto’ A Mona lisa e essa sim que eu adoraria de vê-la outra vez com este formato”, gostaria de Santi.
- Lançamento: 2 de junho de 1986
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São cinco cegos que tiveram a sorte de pegar e percorrer com as pontas de seus dedos o Retrato de Giovanna Tornabuoni, de Domenico Ghirlandaio. E tudo em consequência a um projeto chamado THEA, concebido para tornar acessível a arte, especialmente o pictórico, as pessoas cegas.
O nome escolhido é o esboço da visão e a deusa de tudo o que brilha. O projeto THEA pesquisa, desse jeito, que as pessoas cegas recebam a começar por seus dedos rajadas de luminosidade que lhes permitam desfrutar também da arte.
E como se consegue isto? “Graças à tecnologia”, responde Cristóvão Mora. “Hoje, as ferramentas que temos, principalmente, a impressão 3D, para conceder relevo a uma obra pictórica nos permitem estas reproduções fiéis que imediatamente batizado como pictoesculturas”. Moisés, Cati, Santi, Maria José e Toni participaram de um teste piloto com o Retrato de Giovanna Tornabuoni, se tornaram, graças a esta técnica, numa obra em três dimensões. E a experiência, segundo contam estes 5 cegos, não conseguiu ser mais satisfatória. A ideia -os impulsionadores do projecto procuram imediatamente patrocinadores – é redizer este mesmo recurso com uma vintena de quadros.
Facilitar o acesso à arte pictórica para os cegos não é uma idéia nova. Cristóvão Mora lembre-se que no caso da tua organização “tentamos até o ano 2015, mas a tecnologia de que dispúnhamos não nos permitiu chegar ao nível de propriedade que queríamos”. Agora sim que estão convencidos de que o têm conseguido. “A experiência sensorial com as pictoesculturas realizadas com este incrível processo que desenvolvemos é bem mais detalhada e realista”.
O corroboram os cegos que participaram no teste piloto. O realismo e o volume de tinta que podem tocar com as suas mãos “vai muito mais além de um suave relevo”, comprovam. O que têm sentido neste momento ao percorrer com tuas mãos, a cara e o cabelo de Giovanna Tornabuoni nada necessita acompanhar com experiências anteriores. Com a nova técnica se conseguiu muito mais do que um suave relevo, que é o que se tinha feito até a data em outras iniciativas iguais. O sonho de Cristóvão Mora seria poder reproduzir em relevo uma vintena de obras pictóricas, além de numerosas jóias arquitectónicas, pra desenvolver uma coleção itinerante que recorriera diferentes museus.